Mark Hamill compartilhou reflexões sobre a história pessoal que idealizou para Luke Skywalker em Star Wars: The Last Jedi, ao mesmo tempo que esclareceu suas críticas anteriores sobre as escolhas narrativas do diretor Rian Johnson.
Hamill expressou abertamente ressalvas sobre o recuo abrupto de Luke para a solidão, como retratado no filme de 2017. Em The Last Jedi, Skywalker culpa-se pela queda de Ben Solo para o Lado Sombrio, levando-o a abandonar completamente a Ordem Jedi — uma decisão fortemente oposta à própria interpretação de Hamill sobre o personagem. Agora, anos após o lançamento do filme, o ator revela sua justificativa alternativa para o exílio autoimposto de Luke.
Durante uma entrevista no Bullseye with Jesse Thorn para promover seu novo filme The Life of Chuck, Hamill abordou seu desconforto inicial com o arco de eremita de Luke.
Ele iniciou seus comentários elogiando a habilidade direcional de Johnson: "Deixe-me ser claro — Rian Johnson está entre os cineastas mais talentosos com quem já colaborei", declarou Hamill. "Sua visão para o confronto climático entre Kylo Ren e Luke foi executada de forma magistral. A narrativa visual onde o personagem de Adam Driver revela o terreno vermelho sob a neve, enquanto minha ilusão permanece intocada? Isso é genial."
"Minha crítica pública à caracterização de Luke pode ter criado mal-entendidos", reconheceu Hamill. "Questionei Rian repetidamente — 'O trauma não tornaria Luke mais determinado?'. Sua resposta foi que toda a academia de Luke havia sido destruída. Mas contra-argumentei que Skywalker testemunhou um genocídio planetário anteriormente. A adversidade deveria ter fortalecido sua resolução."
Isso se refere ao flashback pivotal onde Ben Solo destrói o templo de Luke, assassinando seus alunos antes de fugir para se tornar Kylo Ren.
"Eventualmente, Rian concedeu-me liberdade criativa", explicou Hamill. "Precisei de uma justificativa psicológica além do simples fracasso. Então, criei uma história de fundo muito mais sombria — uma envolvendo uma profunda perda pessoal."
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A história de fundo não utilizada de Hamill tomou um rumo decididamente trágico:
"O que poderia fazer um Jedi renunciar às suas crenças? Amor", ele elaborou. "Imagine Luke se casando, deixando a Ordem, tendo um filho. Então, um acidente horrível — a criança ativa um sabre de luz deixado sem vigilância. O subsequente suicídio da mãe por dor? Esse nível de trauma poderia realisticamente quebrar alguém."
O ator traçou paralelos com tragédias do mundo real envolvendo crianças e armas de fogo não seguras, enfatizando como tal perda poderia despedaçar até mesmo um herói lendário.
"Embora eu discordasse fundamentalmente da abordagem de Rian", Hamill esclareceu, "comprometi-me totalmente a realizar sua visão. Qualquer sugestão de animosidade pessoal é completamente falsa — admiro imensamente seu trabalho."
Essas reflexões seguem a recente confirmação de Hamill de que ele não retomará seu papel em futuros projetos de Star Wars, descartando humoristicamente a ideia de retornar como "um fantasma da Força nu".
A saga Star Wars continua com o próximo filme centrado em Rey de Sharmeen Obaid-Chinoy, situado quinze anos após The Rise of Skywalker, narrando seus esforços para restaurar a Ordem Jedi. Enquanto isso, The Mandalorian and Grogu chega em 2026, seguido por Starfighter de Shawn Levy, estrelado por Ryan Gosling, em 2027.